No universo do envelhecimento e da atividade física, circulam inúmeros mitos que podem desencorajar os idosos de praticarem um estilo de vida ativo.
Desmistificar essas concepções erróneas é crucial para promover um envelhecimento saudável. Vamos, exploramos dez desses mitos, contrapondo-os com as realidades, à luz de evidências científicas e diretrizes de saúde.
1. Mito: "O exercício é perigoso para os idosos devido ao alto risco de lesões."
Realidade: Quando adaptados às capacidades individuais, os exercícios são seguros e benéficos para idosos. Programas de exercícios bem planeados podem, na verdade, reduzir o risco de quedas e fraturas, melhorando a força, o equilíbrio e a flexibilidade.
2. Mito: "Idosos não têm capacidade de melhorar a força muscular e a aptidão física."
Realidade: Pesquisas demonstram que pessoas de todas as idades, incluindo aquelas acima dos 80 anos, podem ganhar força muscular e resistência através do treino de força, melhorando significativamente a qualidade de vida e a independência.
3. Mito: "A atividade física na terceira idade só é válida se for intensa."
Realidade: Atividades físicas moderadas, como caminhadas, hidroginástica, Pilates, Holistic Belt, tai chi e yoga, são extremamente benéficas, contribuindo para a manutenção da saúde cardiovascular, muscular e mental, sem necessidade de alta intensidade.
4. Mito: "É tarde demais para começar a exercitar-se, agora na velhice."
Realidade: Nunca é tarde para começar. Iniciar uma rotina de exercícios na terceira idade pode trazer benefícios imediatos e a longo prazo, incluindo melhor controlo de doenças crônicas, diminuição da dor, melhoramento coordenativo e cognitivo e aumento da longevidade.
5. Mito: "Exercícios aeróbios são inadequados para idosos."
Realidade: Exercícios aeróbios são fundamentais para manter a saúde do coração e dos pulmões, melhorar a circulação sanguínea e aumentar a energia. Atividades como caminhada rápida, natação e dança são recomendadas e adaptáveis às habilidades do indivíduo.
6. Mito: "Atividades físicas não têm impacto na saúde mental dos idosos."
Realidade: A prática regular de exercício físico tem um impacto positivo e significante na saúde mental, reduzindo sintomas de depressão e ansiedade, melhorando o sono e a memória, e aumentando a sensação de bem-estar.
7. Mito: "O exercício físico pode agravar as dores articulares em idosos."
Realidade: Embora seja intuitivo pensar que a atividade física possa exacerbar a dor articular, o exercício regular, especialmente aquele de baixo impacto e alongamentos, pode na verdade aliviar a dor, aumentar a flexibilidade e fortalecer os músculos ao redor das articulações.
8. Mito: "A prática de exercício não é eficaz, contra a progressão de doenças crônicas."
Realidade: A atividade física regular é uma ferramenta poderosa na gestão e prevenção de doenças crônicas como a diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardíacas. Pode controlar o peso e melhorar o metabolismo da glicose.
Além de também, em doença degenerativa, tem um papel crucial na alteração do padrão da dor, principalmente se for acompanhada de suplementação adequada. Esta junção, pode alterar o estado patológico do idoso e beneficiar da diminuição do estado de dependência motora, em algums casos.
9. Mito: "Exercícios de equilíbrio e flexibilidade não são importantes."
Realidade: Estes exercícios são cruciais para prevenir quedas, uma das principais causas de morbidade e mortalidade em idosos. Melhorar o equilíbrio e a flexibilidade contribui significativamente para a prevenção de acidentes e para a manutenção da mobilidade e independência.
10. Mito: "A atividade física é apenas uma moda passageira na saúde da terceira idade."
Realidade: A importância da atividade física para a saúde dos idosos é bem fundamentada em décadas de pesquisa científica. Longe de ser uma moda passageira, é uma recomendação constante de profissionais de saúde para promover o envelhecimento saudável.
CONCLUSÃO
Confrontar esses mitos com fatos não apenas esclarece mal-entendidos, mas também encoraja uma abordagem mais ativa e informada em relação à saúde e ao bem-estar na terceira idade. O exercício físico, adaptado às capacidades e necessidades individuais, melhora muito, tanto a aptidão motora, como a cognição e é um pilar fundamental para um envelhecimento saudável e digno.
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